O Congresso é promovido a cada ano para todos os membros do Movimento e, também, para todos aqueles que queiram conhecer a dinâmica carismática.
Foi um evento marcado por oração, louvor, escuta profética, pregações e partilhas fraternas visando o acolhimento dos direcionamentos de Deus para a RCC do Brasil, permitindo a manutenção de sua unidade e a renovação da força da identidade de seus membros no compromisso de, na força do Espírito, difundir a cultura de Pentecostes.
O tema deste ano foi “Proclama a Palavra, anuncia a Boa Notícia!”, inspirado na Carta de Paulo a Timóteo (II Tm 4, 1-5). O tema teve como objetivo dar uma resposta ao mundo que apresenta tantas más notícias, mergulhado numa cultura de morte que desvaloriza a vida e que deprecia os valores cristãos. Neste contexto, a Palavra de Deus foi destacada como luz que ilumina a todos.
Foram momentos de intensa reflexão e de grande aprofundamento encerrando-se com missa celebrada por Dom José Azcona, bispo de Marajó no Estado do Pará.
Em sua homilia, Dom Azcona afirmou que é preciso ir de novo à raiz da adesão a Jesus. Que é necessário lembrar que a base cristã deve ser vivenciada no hoje, que toda interpretação da vida deve passar pela cruz de Cristo e que viver o contrário seria renegar o amor de Deus por cada um. Diante do mundo enfraquecido pelo pecado, pela institucionalização da mentira, pela cultura da morte, entre tantas outras situações, o cristão precisa dar um testemunho de liberdade.
Lembrando o apóstolo Paulo, Dom Azcona afirmou que as nossas glórias são as chagas de Jesus em nossa vida! Dessa forma, existe uma relação entre a entrega de Jesus e a eficácia pastoral. Se acolhemos o sofrimento de Cristo, a vida vai ser transmitida a tudo o que pode ser “corpo morto” na nossa existência. Assim, a cruz de Cristo vai nos trabalhando dia a dia, ela vai sendo assimilando em nós, de maneira que tudo se torne redução para que a vida habite em nós.
Dom Azcona também testemunhou a realidade que ele vive hoje no Marajó, sob ameaça de morte, por anunciar o evangelho e ser coerente. Falou da alegria que sente, consciente de sua condição pecadora e frágil, de um dia poder até morrer pelas ovelhas feridas e abandonadas do Marajó. “Morrer por Jesus, que morreu por mim”, disse ele.
Concluiu ressaltando que à medida que acolhemos a cruz, a vida se revela e acontece no outro, no mundo, no Brasil, na missão à qual o Senhor nos envia.
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